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1917

Um filme competente em que produção/direção são os grandes destaques.




Quando se analisa 1917 - filme com 10 indicações ao Oscar/20 - tudo que se pensa é na grandiosidade da produção e na dificuldade da direção. O roteiro é ok, o desempenho dos atores é bom, a fotografia é competente. Mas o que realmente impressiona é produção/direção.


Sam Mendes assina a direção, extremamente competente. As tomadas são longas, dificílimas em seu necessário sincronismo, sem que isso passe à película qualquer sensação de artificialidade. Há muitas cenas grandiosas, efeitos especiais, tudo explodindo na tela ao mesmo tempo. Ainda assim, o diretor consegue contar sua história pungentemente, com poesia. Grande candidato ao Oscar.


Também a produção e favorita. Realmente impressiona o que lograram fazer: a reconstituição da guerra de trincheiras, que imobilizou o front por mais de dois anos, mostra-se rigorosa e preciosa em detalhes. A “zona de ninguém”, faixa de terra que separava as trincheiras, é apresentada em toda sua provável crueza. Como se não bastasse, a produção apresenta as ruínas de uma cidade, combates aéreos, figurinos de época multiplicados aos milhares, efeitos especiais, tudo de maneira convincente.


As demais indicações talvez não vençam, embora a fotografia também mereça menção. O roteiro é competente, mas é mais uma história de guerra no gênero O Resgate do Soldado Ryan. Os protagonistas trabalham bem, mas nada além do que se espera de um ator profissional de nível ( e ainda enfrentam a avassaladora performance de Joaquin Phoenix ).


Por tudo isso, aposto certamente em duas estatuetas, talvez quatro. E sim, o filme merece ser visto, sobretudo para admirar a exuberância da produção e a competência de Sam Mendes.


Nota - 7

Recomendação - Imperdível para os amantes do gênero.

Adjetivos - Envolvente, convincente, tenso.

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