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Foto do escritorHatsuo Fukuda

A SORTE ESTÁ LANÇADA



A candidatura Kamala/Walz foi oficializada na quinta-feira. RFK Jr abandonou sua candidatura e está apoiando Trump/Vance. Os dados foram lançados. Façam seu jogo.


Imagem de CNN Brasil.



A semana terminou com o encerramento da Convenção Democrata e a consagração da candidatura Kamala-Walz, na quinta-feira, dia 22 de agosto. Trump, por sua vez, fez um gol com o candidato independente RFK Jr desistindo e apoiando sua candidatura. A Convenção Democrata, como se esperava, foi um grande espetáculo, com os democratas, sem exceção, pronunciando discursos atacando Trump e promovendo bandeiras de campanha, previamente ensaiadas e visando energizar a base democrata e cativar os eleitores independentes ou os republicanos contrários a Trump (vários estiveram lá, apoiando Kamala).


Os candidatos estão oficialmente posicionados.


Com o final da convenção, espera-se, como sempre, um aumento nas intenções de voto de Kamala. Os estrategistas de campanha sabem que este aumento, a ser detectado nas pesquisas de intenção de votos, pode levar o momentum da campanha até o dia 5 de novembro, garantindo a vitória, ou, mais provavelmente, durar algumas semanas e se esvair.


A média de pesquisas de intenção de votos, publicadas em sites especializados, até domingo, dia 25, ainda não captaram este movimento. Isso será detectado nas pesquisas que serão publicadas ainda nesta semana e nas seguintes. Até este momento, Kamala conseguiu – em um mês de campanha – levar a candidatura ao patamar que um candidato democrata genérico teria ao enfrentar um republicano. As pesquisas até agora publicadas, embora detectem uma leve superioridade para Kamala, não podem ser tomadas pelo valor de face. Elas costumam falhar, como falharam nas eleições de 2020 e 2016 (nesta, fragorosamente). Um indício fortíssimo, a colocar pulga atrás das orelhas democratas, é o site de apostas Polymarket, que no dia 22 de agosto (último dia da convenção), dava Trump como favorito com 53% a 46%. Este índice foi se alterando nos dias seguintes, e, no domingo, estava em rigoroso empate, 49/49. Os sites de apostas costumam ser excelentes oráculos dos resultados eleitorais, mas como tudo na vida, não são infalíveis, como se viu na eleição de 2016, onde os apostadores embarcaram na canoa de Hillary Clinton (junto com a maioria esmagadora dos institutos de pesquisas) e deram com os burros n’água. O azarão Trump levou.


Quer uma previsão? Jogue uma moeda no ar. Dá no mesmo.


Faltam 10 semanas, 77 dias para as eleições. Acompanhe aqui, toda terça-feira, os rumos da campanha.



Caso você goste de jogar, há vários sites de apostas, movimentando centenas de milhões de dólares em apostas nas eleições americanas. Em tese, os apostadores são mais confiáveis que os institutos de pesquisas, pois é o dinheiro deles que está em jogo. Antes da emergência das pesquisas de opinião, eram nas empresas de apostas que a mídia buscava previsões eleitorais. Não há novidade aqui. Aliás, não há novidade nenhuma nesta eleição. Só os militantes acreditam nos candidatos (por ingenuidade ou cinismo). Uma ótima visão de como funcionam as eleições e a política americanas, e um hipnotizante espetáculo é a série House of Cards. Uma das frases favoritas de Frank Underwood: “Para aqueles de nós escalando a cadeia alimentar, não pode haver misericórdia. Só há uma regra, cace ou seja caçado”. Trump e Kamala sabem disso.

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