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Foto do escritorTião Maniqueu

BREVE NOTICIÁRIO DAS BARBARIDADES DESTE DESGOVERNO

A margem para espanto diminui cada vez mais…




Bolsonaro - O Presidente da República ligou para o Senador Jorge Kajuru e fez um exemplar exercício de bolsonarice: pressionou um Senador da República buscando influenciar numa CPI em vias de ser instalada; fez ameaças ao Supremo Tribunal Federal; xingou e ameaçou outro Senador da República. Bolsonaro sabe que a CPI da COVID - provavelmente a mais importante CPI da história da república - pode ser a bomba final que implodirá seu desgoverno. Afinal, convenhamos: não há como justificar os gastos absurdos com cloroquina, a omissão na crise do oxigênio em Manaus, o péssimo comportamento, efetivamente criminoso, de Bolsonaro em toda esta pandemia.


Rodrigo Pacheco - Em mais uma demonstração de subserviência, que rebaixa a ele próprio e ao Senado Federal, o Presidente do Senado cogita de pedir parecer ao jurídico do Senado sobre a paralela CPI dos governadores e prefeitos. Pacheco sabe que esta outra CPI é somente uma manobra diversionista do governo federal; Pacheco sabe que o regimento interno do Senado não permite CPI para investigar governadores e prefeitos; Pacheco sabe igualmente que esta CPI sequer possui um fato determinado - como exige a Constituição Federal - o que permitiria seu imediato indeferimento. Mas não age com altivez. Ao contrário, age como um office-boy do Planalto. Pra piorar sua contraditória posição, ele manifestou-se expressamente contra a CPI da Covid, dizendo-a inoportuna. Mas contra esta indecente CPI diversionista não se posiciona. E para supremo rebaixamento: não demonstrou indignação com o impróprio comportamento de Bolsonaro em relação ao Senador Kajuru e o inaceitável comportamento em relação ao Senador Randolfe Rodrigues.


Rodrigo Maia - Em entrevista recente, o ex-Presidente da Câmara dos Deputados justificou a não abertura de processo de impeachment contra o Presidente Bolsonaro. Citando o exemplo do fracassado impeachment de Trump, Maia argumentou que o procedimento não tinha chances de progredir, por falta de apoio parlamentar, pela inexistência de um Vice-Presidente com trânsito favorável no Congresso Nacional e porque Bolsonaro ainda detém 25% de apoio popular. No entender de Maia o fracasso do impeachment serviria apenas para promover Bolsonaro. As explicações não são de todo fracas, afinal cabe um juízo de oportunidade/conveniência na instauração de um impeachment; mas cabe ainda conferir como o deputado se portará daqui pra frente.


Jorge Kajuru - O Senador fez um papel lamentável no episódio da ligação telefônica de Bolsonaro: primeiro, por não dizer ao Presidente que a ligação era imprópria; segundo, por permitir que o Presidente o pressionasse nas suas funções legítimas de parlamentar; terceiro, por não defender colegas senadores de palavras baixas e ameaças presidenciais; quarto, por gravar e divulgar a conversa toda. O comportamento é tão lamentável, que muitos suspeitam que tudo foi previamente combinado com Bolsonaro, com o único intuito de pressionar o STF.

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