Um poema de Manuel Rosa de Almeida sobre dor e inspiração.
Imagem de Free-Photos por Pixabay
Na aridez de meu deserto
Deve haver, decerto,
Submerso lençol freático.
Então, fura-me vida,
Fura-me com tuas ígneas brocas,
Fura-me com furor errático.
Há de ser num doloroso furo
Que de minhas entranhas
Fluirá água limpa,
Convertendo minhas areias em ouro puro.
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