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Foto do escritorTião Maniqueu

DEUS É BRASILEIRO?

O brasileiro merece uma escolha decente em 2022.





Se Deus é brasileiro, tirou férias. Ou cansou dos brasileiros. Porque temos o pior líder de todos os tempos, no pior período da República. Vivemos tempos terríveis com um Presidente incompetente. O vírus, favorecido pelo desgoverno, tem se mostrado competente diante de um Presidente terrível.


Os adjetivos, todos adequados, são inúmeros: arrogante, despreparado, tosco, frio, cruel, ignorante, violento… poderia gastar algumas linhas mais. O melhor é apontar apenas alguns fatos, só os mais recentes, para mostrar quão desastroso é seu desgoverno e quantos cúmplices ele tem entre seus ministros. Primeiro, alguns sinais de que a comunidade internacional e também nossa sociedade organizada passa a manifestar-se mais incisivamente.


OMS - Tedros Adhanom, Diretor-Presidente da Organização Mundial da Saúde, alertou que o Brasil está agindo com profunda irresponsabilidade e colocando em risco toda América Latina. E além… acrescentou. Claramente, ele afirmou que o Brasil precisa levar a pandemia a sério. Nós, brasileiros, vemos envergonhados a condenação mundial ao nosso enfrentamento à pandemia. Não só pelo OMS, mas pelos demais países de todo mundo. Agora o Brasil já passa a casa das duas mil mortes diárias. Até quando?


Carta Aberta - Representantes da Igreja, artistas consagrados e entidades sindicais assinaram uma Carta Aberta à Humanidade onde denunciam a política genocida do governo brasileiro, política motivada por crueldade e irresponsabilidade. Assinam a carta, entre outros, o bispo Dom Mauro Morelli, o padre Júlio Lancelotti, Leonardo Boff, Chico Buarque de Holanda e Marieta Severo. O tom da carta pode ser resumido na seguinte frase: “o monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global”.


Agora o contraponto, do lado dos irresponsáveis genocidas:


Bolsonaro - Enquanto isso, mesmo diante de mais de 260 mil mortes no país, Bolsonaro diz que o sofrimento é frescura, condena publicamente o isolamento social e diz que não há vacinas para comprar no mercado. Logo ele, que recusou comprar 70 milhões de doses da Pfizer em outubro passado. A Pfizer as teria entregue em dezembro último e nós já teríamos vacinado mais de 40 milhões de brasileiros. Ou seja, podemos acrescentar mais alguns adjetivos: mentiroso, insensível e irresponsável.


Relações Exteriores - Os recordes de mortes diárias estão sendo batidos sucessivamente, atingindo a casa de 1.800. Quase todos os estados estão apresentando falência total em seus sistemas de saúde. Pessoas estão morrendo em filas de espera, sufocadas e sem atendimento Ainda assim, o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, diz que o sistema de saúde brasileiro está suportando bem… Se Rui Barbosa foi o Águia de Haia, Ernesto Araújo é o Abutre do Itamaraty. Em viagem a Israel, atrás de mais uma panaceia - um spray em estágio inicial de pesquisas - o mesmo Ernesto Araújo foi repreendido pela autoridade israelense por estar sem máscara. Fingindo mero esquecimento, pediu desculpas e tirou uma máscara do bolso.


Educação - O Ministério da Educação, chefiado por Milton Ribeiro, enviou Ofício às Universidades Federais visando prevenir e punir atos político-partiários nas instituições públicas federais de ensino. O objetivo claro é a proibição de manifestações críticas ao governo federal nas universidades. Isto é, com todos os problemas, o Ministro da Educação está preocupado em impor censura a estudantes.


Cultura - A Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura por meio da uma Portaria, assegurou que não aceitará qualquer projeto cultural oriundo de estado da federação que tenha, por conta do combate à pandemia, estabelecido restrições à circulação da população. A medida é claramente retaliatória à visão do Presidente Bolsonaro de como se deve enfrentar a crise sanitária.


Saúde - Francamente, é preciso dizer mais alguma coisa de Pazuello?


Bia Kicis - O governo emplacou Bia Kicis como Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal, simplesmente a mais importante comissão da casa. Uma deputada radical, que responde à acusações de participar das manifestações antidemocráticas de 2019.


Então, senhores Ministros, todos vocês que cerram fileiras com Bolsonaro, vocês colaboram para aumentar o lamaçal em que chafurdamos. Vocês são corresponsáveis por todo escândalo que envilece a nação. Vocês são igualmente responsáveis pelas mortes, pelo genocídio do povo brasileiro… Você, Ministro, que ri nas patéticas lives do Presidente, onde ele desinforma o povo brasileiro. Você, Ministro que faz o que o Presidente manda, mesmo quando sabe que é errado. Você, Ministro que se cala… as futuras gerações o terão na conta dos genocidas. Porque quem consente é responsável.


O OUTRO LADO DA ESCOLHA


De outro lado, Lula surfa na onda da decisão de Fachin, que o tornou elegível novamente. E como os bolsonaristas, falta com a verdade. Disse que Fachin afirmou sua inocência, o que é escandalosa mentira. Fachin julgou apenas a questão da incompetência do juízo federal de Curitiba. As acusações permanecem.


Novamente fez o discurso demagógico de quem pretende socorrer os pobres, discurso desmentido em 14 anos de governo. Pergunto: o PT apresentou o imposto sobre fortunas? O PT buscou tributar lucros financeiros, distribuição de dividendos, as grandes corporações bancárias? Não. Lula traiu o povo brasileiro ao aliar-se com o lado podre dos empreiteiros e banqueiros, numa escalada de corrupção jamais vista. Em que pese o péssimo comportamento de Moro na Lava Jato, as acusações permanecem sem resposta, alicerçadas em documentos e depoimentos diversos.


Como já disse anteriormente, os radicais se assemelham. Como Bolsonaro, Lula investe contra a imprensa livre. Como Bolsonaro, Lula espalha mentiras. Como Bolsonaro, Lula está envolvido com corrupção notória, inequívoca. E Celso Daniel é a Marielle do PT...


A polarização está de volta. Claro, diante do desgoverno de Bolsonaro - tão patético quanto asqueroso - até o governo Lula provoca evocações nostálgicas. Mas o fato é que o povo brasileiro merece uma escolha melhor. Seria preciso uma grande frente de centro, centro-esquerda e centro-direita, em torno de um nome apenas. Para isso é preciso grandeza, abrir mão de candidaturas próprias, despir-se de vaidades para formar filas em torno de um único candidato moderado. Porque, pulverizados, o centro, a centro-esquerda e a centro-direita não vão a lugar nenhum.


A polarização está de volta. Será que, no segundo turno de 2022, o povo brasileiro terá que escolher entre uma quadrilha de ladrões e uma quadrilha de assassinos? E ainda dizem que Deus é brasileiro...


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