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Foto do escritorHatsuo Fukuda

I LEFT MY HEART IN SAN FRANCISCO


Viajando com Tony Bennett, tocam os sinos da felicidade. Direto para as estrelas.


Imagem de The New York Times


Não seja imprudente e desavisado. Não suba naqueles bondinhos a meio caminho das estrelas; você vai chorar algum dia de saudade, e eles vão lembrar a você de amores perdidos, manhãs frias e enevoadas, nobres colinas que deixam qualquer um exausto.


Não seja nunca mais um poeta tolo, não faça mais versos infantis sobre o amor, você não está preparado para uma viagem ao paraíso, e não subirá as escadas que levam ao céu. E mesmo no alto da colina, o sol dourado brilhará para você?


Ah! E você ainda pensa que o melhor ainda está por vir? Se você pensa que viu o sol, espere até que ele comece a brilhar. Você tomará a taça de vinho até que ela esteja seca, e vai querer mais, sempre mais.


E você continua se perdendo para outros, sem nunca perder o caminho, continua cantando aquelas velhas músicas que são sempre as mesmas, mas estão sempre mudando.


E por uma vez na vida, alguém precisa de mim, por uma vez na vida vou poder tocar o que o coração sonhou. Não estou mais sozinho, eu tenho alguém, e estou feliz, finalmente.


Acordar, ver a vida como ela é, abraçar pequenos amores tolos, mas eu quero mais, quando virá a minha dança, quando os sinos tocarão para mim?


Mas pode haver problemas a frente, logo a lua não estará mais aqui, pode haver lágrimas a derramar, mas enquanto isso, enquanto houver amor e romance, vamos mergulhar na música e na dança.


Meu coração bate tanto, tanto, que eu mal consigo falar, estou no céu, e parece que eu encontrei a felicidade que tanto procurei, quando estamos juntos, dançando, rostos colados.


E foi apenas uma daquelas coisas loucas, uma daquelas fabulosas noites.


Tantas palavras não foram ditas, e a diversão estava apenas começando, o tempo está correndo, quantos abraços a dar, quanta coisa poderia ter sido feita.


You’re the top, Tony.



Talvez a maior contribuição que os Estados Unidos deram à humanidade foi a canção popular. Nenhum outro país se iguala a eles nesta área. E as canções inscritas no cânone, criadas por Irving Berlin, Gershwin, Cole Porter, Jerome Kern, Rodgers e Hammerstein, e muitos outros, para os musicais da Broadway e Hollywood, principalmente, serão ouvidas, cantadas e dançadas enquanto homens e mulheres estiverem vivos.



Tony Bennet foi o mais famoso dos cultores do Great American Songbook. Seu último álbum, Love for Sale, com Lady Gaga, com canções de Cole Porter, foi lançado em 2021, e ganhou um Grammy. Meu itinerário: I left my heart in San Francisco; Love for sale; The best is yet to come; How do you keep the music playing, For once in my life, When do the bells ring for me, Let’s face the music and dance, Cheek to cheek, Just one those things, Some other time, You’re the top. Naturalmente, não me atrevi a traduzir. São pensamentos vadios que me ocorreram enquanto viajava com Tony. Ele tinha 96 anos, diagnosticado com Alzheimer desde 2016.”

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