Sob uma péssima liderança, Israel está preparando o próprio desastre.
Imagem de Vecteezi.
Insanidade. É a palavra certa. O caminho que Israel está traçando só pode ser chamado de insanidade. As últimas ações do estado israelense são tão despropositadas, ultrapassando limites civilizatórios, a ponto de ser válida a pergunta: afinal, quem é o terrorista?
Afinal, como classificar as explosões de pagers e walkie-talkies em território libanês? É inútil querer justificar com a alegação de que foram atingidos militantes do Hezbollah. Observem que o estado de Israel fez explodir inúmeros aparelhos eletrônicos, transformando-os em bombas espalhadas por todo território do Líbano, vitimando cidadãos inocentes, mulheres e crianças. Quando um homem-bomba árabe explode numa praça de Tel Aviv buscando atingir uma autoridade israelense e matando centenas de inocentes... não dá no mesmo? Afinal, quem é o terrorista?
Em Gaza, igualmente, Israel extrapolou todos limites. Cometeu crimes e atrocidades injustificáveis, vitimando mais de 30 mil inocentes. Um número que aproxima esta operação do genocídio. Novamente o pretexto é injustificável: continuar a operação ( não é possível chamar esse massacre de guerra ) até exterminar o Hamas. Ora, é simplesmente impossível eliminar um grupo terrorista como o Hamas. As ações do estado israelense estão apenas fortalecendo o grupo terrorista, alistando milhares de novos militantes, homens bomba, etc. Toda a juventude palestina que contemplou a destruição de seus lares, a morte de suas mães por bombardeios assassinos, a morte por subnutrição de seus irmãos menores, engrossará as hostes do Hamas no futuro. Novamente, insanidade.
Há quase dois mil anos atrás um judeu foi crucificado em Jerusalém. Ele pregava amor para com seus inimigos, oferecer a outra face, perdoar setenta vezes sete vezes. Netaniahu não entende esta mensagem. Tampouco entende que ódio planta ódio, sangue derramado atrai mais sangue derramado, destruição semeia destruição. Sequer entende o significado da saudação judaica shalom aleichem - que se traduz a paz esteja convosco. Ele é uma fera que busca sobreviver pela guerra, apoiado por uma extrema direita ainda pior que o próprio Netaniahu.
Os americanos nada fazem. Condenam retoricamente, mas continuam apoiando Israel com recursos financeiros e armas. A ONU - este gigante tetraplégico - nada faz, exceto condenar as ações israelenses e classificá-las como criminosas. Cidadãos israelenses pouco fazem, exceto protestar pela libertação dos reféns que ainda estão sob o jugo do Hamas. São todos cúmplices por omissão. Se o povo israelense não expulsar a extrema direita do poder e, por consequência, da direção do conflito, pagará caro por sua inação. Infelizmente, insanidade atrairá mais insanidade...
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