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Foto do escritorManuel Rosa de Almeida

NATAL



Sempre um bom motivo...



Imagem de Amazon.


Há 20 séculos atrás um menino nasceu e, sem dúvida, mudou o mundo. Ninguém sabe ao certo em que dia teria nascido. A teoria mais aceita é de que a Igreja dos primeiros tempos, ansiosa por substituir no coração do povo as Saturnálias - uma festa pagã ligada ao solstício de inverno - decidiu comemorar o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro. Pouco provável, contudo, o acerto da data. Jesus teria nascido longe de Nazaré porque um edito de Augusto ordenou o recenseamento em todo mundo romano e todos deviam ir até sua cidade Natal para o devido registro. Por isso José fez a viagem até Belém. Ora, não se faria um recenseamento no auge do inverno, muito rigoroso naquela região. Então, provavelmente Jesus nasceu entre março e setembro, um período de clima bem mais ameno, o que também ajuda a aceitar o nascimento numa simples estrebaria.


Tampouco a estrela de Belém tem origem histórica comprovada. De fato, ela somente surge no Evangelho de Mateus e, embora os astrônomos tenham insistentemente buscado relacionar a aparição da estrela de Belém a algum fato astronômico inusitado - como uma conjunção de planetas ou a passagem de um cometa - nada restou cientificamente assentado.


Entretanto, é fato que Jesus nasceu e viveu por cerca de 33 anos mudando a história da humanidade. Os judeus aguardavam ansiosamente o cumprimento da profecia estabelecida por Isaías e Miquéias. O primeiro, teria profetizado ( Isaías, 9 - 4 e 5 ):



Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz.


Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos.


Já Miquéias profetizara que o salvador nasceria em Belém. Como o povo judeu vivia sob o jugo dos romanos, imaginavam que este salvador viria libertá-los do domínio de Roma. Assim, não é de se espantar que tenham se decepcionado com muitas palavras proferidas por Jesus Cristo, tais como:



Dai a César o que é de César, a Deus o que é de Deus;


Perdoai não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete.


Do mesmo modo, a ideia de oferecer a outra face a quem te esbofeteou e a mensagem de amor incondicional não puderam ser bem recebidas por um povo que ansiava por um líder guerreiro e politicamente revolucionário.


Assim, quando o Governador da Judeia - Pôncio Pilatos - julgando Jesus Cristo por sedição ( já que era chamado Rei dos Judeus ) ofereceu ao povo escolher a quem deveriam liberar da morte na cruz - Jesus ou Barrabás - escolheram o segundo aos gritos. Barrabás era um criminoso, mas também um zelote, membro de um conhecido grupo político que se opunha aos romanos. A inconstância do populacho ficou manifesta: o mesmo povo que o havia recebido triunfalmente na sua chegada a Jerusalém, apenas uma semanda antes, saudando-o com ramos de oliveira, agora o condenava à terrível e vil morte na cruz.


Hoje, a humanidade permanece vendo Jesus Cristo de muitas formas. Para muitos, Cristo é o filhe de Deus feito homem; para outros, Jesus é um profeta que antecede a vinda de Maomé; outros tantos o vêem como um ser iluminado; para alguns é o ser mais iluminado que já existiu; finalmente, para outros ainda é apenas um pretexto para comemorar em família. Todos são bons motivos, mesmo este último. Seja qual for sua motivação, aproveite o convívio familiar, cada vez mais raro em nossos dias.


FELIZ NATAL!

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