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Foto do escritorHatsuo Fukuda

NOVO PRÍNCIPE DAS ARÁBIAS


Lula cancela encontro com príncipe Mohammad bin Salman, príncipe da Arábia Saudita. Bastidores direto de Paris.


magem de Jacobin Brasil

Leio nos jornais que o presidente Lula, em Paris, cancelou o encontro que teria com Mohammad bin Salman, o famoso MBS. Para o leitor desavisado, lembro que MBS, o príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, foi acusado, há alguns anos, de ter mandado matar um jornalista saudita que lhe fazia oposição (colunista do Washington Post). O jornalista foi atraído ao Consulado de Istambul, e lá teria sido torturado e morto. Uma motosserra teria sido usada para esquartejar o falecido, dando origem a um apelido para MBS: Mr. Bone Saw. Escândalo das Arábias. Aqui no Bananal, MBS foi citado por ter dado ao casal Bolsonaro as famosas jóias milionárias, que um almirante tentou contrabandear. Todas estas histórias lembram um conto das mil e uma noites. Richard Burton, o arabista e espião inglês que traduziu as Mil e Uma Noites (The Arabian Nights) com certeza se deliciaria com estas histórias, acrescentando pitadas de sexo e luxúria. Lula, que não é bobo, cancelou o encontro, com medo das astúcias de MBS (e da motosserra?).


Para os leitores deste blog (os sete leitores, a mulher do Publisher não conta), nada disso surpreende. Quem nos acompanha sabe que o fundador do Reino Saudita, Abdul Aziz Saud, pessoalmente liderou o grupo que retomou Riadh, em uma sangrenta batalha, que terminou com Abdul jogando a cabeça de seu inimigo na rua, gritando: “Seu Príncipe voltou!” MBS é neto deste homem, e a tradição familiar é enfrentar os problemas pessoalmente, ao contrário dos candidatos a ditador no Bananal, que tentam dar golpes por procuração. (Além de contrabandear jóias).


Imagino o presidente Lula conversando com Janja:


Lula - “Acho melhor ir com uma armadura. Nunca se sabe. Vai que o homem ficou bravo comigo por causa das jóias?”


Janja - “E se ele me oferecer um colar daqueles devo aceitar? Poderia vender no Largo da Ordem, no domingo. Vai dar para pagar a picanha e a cerveja.”


Amorim – “Vamos levar uma goiabada cascão de presente. Eles não conhecem as delícias da culinária brasileira.”


Lula – “Vou telefonar para o Putin. Quem sabe ele me empresta uns mercenários do Grupo Wagner para me proteger.”


Amorim – “Vamos fazer uma pajelança. A solução está com os povos nativos.”


Janja – “Se o presente for bom, vamos ter picanha.”


Lula – “Você sabe que eu gosto de rabada com polenta.”


Mas sempre tem o outro lado. MBS conversando com seus assessores:


MBS – “Demos as jóias à toa. Vamos ter que dar novas jóias para o Lula? Como vamos recuperar o prejuízo?”


Assessor (fazendo um salamaleque) – “O homem gosta de rabada e uma cervejinha. Vamos convidá-lo para um almoço com música sertaneja.”


MBS – “Eu mesmo corto o rabo. Tenho uma motosserra quase nova.”


Lula cancelou o encontro. Não se sabe o que Janja disse. A oposição diz que eles não se falam há dois dias. A picanha fica para outro dia.

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