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Foto do escritorManuel Rosa de Almeida

O PRIMEIRO ANO DE BOLSONARO

Balanço do primeiro ano de um Presidente improvável.


Imagem de: www.slon.pics / Freepik

O ano termina e, como convém, são feitos os balanços. Balanços são muito úteis, pois cumprem dois propósitos: documentam os feitos do período e possibilitam a autocrítica. Supondo que este conceito exista no governo Bolsonaro, apontamos os prós e contras de seu primeiro ano. Ao final, atribuímos a nota que julgamos merecida.


Pró - Mesmo sem contar com a participação direta do Presidente, o fato é que foi aprovada a reforma da previdência. Os créditos são muito mais para o Ministro Paulo Guedes e para o próprio Congresso, que decidiu assumir esta missão delicada. A reforma confere fôlego financeiro aos cofres públicos e, tudo considerado, deve ser creditada em favor do governo.


Contra - À exceção da Economia, a avaliação que se faz dos ministérios de Bolsonaro beiram a catástrofe. Educação, meio ambiente, relações exteriores e agricultura conheceram os piores ministros de toda história republicana.


Pró - O Brasil conhece as menores taxas de juro em todos os tempos. Este fato notável aponta para a reação da economia, para estabilidade das taxas de inflação em baixos patamares e para um ambiente propício ao crescimento.


Contra - Uma incrível série de trapalhadas na política externa levou a imagem do Brasil no mundo a situação lamentável. Protagonizamos incidentes com chineses, árabes, iranianos, italianos, alemães, noruegueses, argentinos… Em todos casos foram incidentes desnecessários, em que o Brasil desgastou-se por nada, a mais das vezes retratando-se.


Pró - Pesquisas apontam ainda para um empresariado mais otimista. Há reação em setores importantes, como a construção civil, agronegócio e serviços. O desemprego diminui, mesmo em percentual insuficiente.


Contra - A postura do Presidente é lamentável, distante do comportamento esperado de um estadista. Desacata a imprensa, ofende autoridades estrangeiras, menospreza o Congresso, apela para o negacionismo. Pior: brinca com a democracia, enaltece ditadores, exalta medidas de exceção. Um cenário perigoso, sobretudo na América Latina.


Contra - A ecologia foi colocada em terceiro plano. As queimadas na Amazônia foram subestimadas, o derramamento de óleo no Atlântico tratado com lentidão, o Brasil desalinhou-se das iniciativas internacionais de promoção do meio ambiente.


Contra - Sequer o combate à corrupção, principal bandeira do Bolsonarismo, saiu ilesa. As tentativas de abafar a investigação contra Flávio Bolsonaro, a inaceitável mutilação de provas no caso Mariele ( praticada pelo próprio Presidente ), os afagos em Ministros que tem muito a responder, demonstram que a seriedade não passou de discurso de campanha.


Nota Final - 3 - Uma nota justa, sobretudo considerando que os prós tem pouca relação com o próprio Presidente, mas os contras são de sua total responsabilidade.


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